“ Por Eduardo Sá
Caminhando lado a lado com o movimento agroecológico desde a década de 1980, as feiras da agricultura familiar com alimentos orgânicos e agroecológicos vêm se alastrando por todo o país e cumprindo um papel essencial na segurança alimentar e nutricional da população. Embora a pandemia tenha paralisado muitas delas, é necessário destacar seu papel fundamental num cenário de aumento de desemprego e fome no território nacional. Esse é mais um tema pautado pela campanha Agroecologia nos Municípios, realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
Diversos órgãos internacionais, como o Banco Mundial e a FAO/ONU, têm alertado sobre o retorno do Brasil ao mapa da fome. Já havia uma preocupação por parte de especialistas, devido ao desmonte de políticas públicas nos últimos anos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que promoviam a segurança alimentar e nutricional da população. Mas, com a pandemia, o assunto se tornou mais grave. Frente ao cenário de aumento dos preços dos alimentos e de crescente desemprego, a agricultura familiar se revelou ainda mais importante, sobretudo para as camadas mais pobres da sociedade.
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